vendredi 13 novembre 2009

OS JESUITAS

OS JESUITAS E A EDUCAÇÃO

Inácio de Loyola fundou a Ordem Religiosa católica conhecida como OS JESUITAS no ano de 1534 com objetivos de deter o crescimento protestante em terras consideradas cristãs. Rapidamente os países europeus e as colônias da América Latina receberam os padres e membros da Companhia de Jesus, como eram chamados os Jesuítas. O alvo dos Jesuítas era a manutenção das crenças católicas através do ensino do catecismo católico e fazendo alianças com os poderes temporais para impedir a propagação da doutrina protestante.


Jesuitas e Bandeirantes




No Brasil os jesuítas associados ao governo católico que tinha idéias de exploração das colônias abriram as portas para os jesuítas catequizarem os índios e negros o que ajudaria também a manter a submissão dos conquistados.

Com o advento da reforma pombalina a educação antes controlada pelos jesuítas no Brasil, que visavam catequizar os colonos, perdeu espaço para os ideais do Marques de Pombal que agora queria dar ênfase a educação com intuito de preparar a classe estudantil para o trabalho fornecendo mão-de-obra para a industria que estavam em expansão.

Os jesuítas desempenharam significativo papel para manter o Estado brasileiro como colônia de Portugal acobertando as explorações das riquezas do Brasil, em contrapartida os jesuítas tinham carta branca para controlar a educação e conseqüentemente favorecendo a expansão católica no Brasil, ainda que para isso tenha abençoado o regime de exploração. Sobre esta união dos jesuítas com os colonizadores portugueses um texto do Curso de Licenciatura em História da Unimes(Santos) diz:

“É claro, que a educação institucionalizada propagada pelos jesuítas, assentou-
se em território brasileiro com grande facilidade, pois se afinou
com a idéia de colonização e sociedade mercantilista empregada pelos
portugueses. Os jesuítas mantêm e reproduzem a visão do colono português que objetivava a produção e a exploração para fins de mercado.
Servis à camada burguesa instalada no Brasil Colônia, os jesuítas eram
considerados convenientes e importantes para a manutenção do status
quo português, colonizador, depredador e explorador da mão-de-obra dos
índios e escravos”.




RATIO STUDIORUM

Os jesuítas tinham um plano educacional cuja metodologia era padronizada como mostra o documento chamado:
Ratio atque Instituto Studiorum.




Este sistema educativo foi o primeiro implantado no Brasil que tinha como alvo a elite da colônia, pois os jesuítas queria conquistar ideologicamente a classe dominante, o povo simplesmente por efeito gravitacional iria acatar os ideais dos dominadores.

“Por volta de 1570, havia cerca de 05 escolas de instrução elementar e 03
colégios. As escolas de instrução elementar mantinham cursos de Letras
(gramática latina, humanidades e retórica) e Filosofia (lógica, metafísica,
moral, matemática e ciências físicas e naturais) considerados cursos secundários.
Ofereciam, também, cursos de Teologia e Ciências Sagradas, considerados
de nível superior para formação de sacerdotes.” (Unimes)




Em 1759 termina o ciclo educacional dos jesuítas no Brasil, pois estes foram expulsos do Brasil passando o país a sofrer uma ampla reforma na educação, o ensino católico perde terreno para o ensino profissionalizante com as novas regras ditadas pelo Marquês de Pombal.

CAPITALISMO E CATOLICISMO

Cabe destaque que a igreja católica entendia que a única forma de riqueza
era a terra, desconsiderando e repugnando qualquer outra forma de atividade
ou trabalho que obtivesse lucro. É claro, que o centro da atividade comercial
é o lucro e, portanto, essa filosofia religiosa afrontava diretamente
a essência do capitalismo. (Licenciatura em História- Unimes)

O que me chama a atenção no estudo da história da humanidade é que certos conceitos em determinado tempo e lugar é tido como a mais absoluta verdade e que seja impensável sua contestação e depois com o passar das gerações voltamos a nos perguntar: Como pode todo uma geração pensar do mesmo modo e ter o mesmo conceito sobre tal assunto e agora você não acha uma viva alma que defenda aquele pensamento???

Por esta razão sou muito crítico com respeito ao espírito da minha geração e os conceitos de politicamente correto, porque sei que outra geração olhará para trás e se perguntará: Como pudemos ser tão idiotas???

Hoje o capitalismo é aceito pelo catolicismo, nenhum católico é punido ou excomungado por defender ou praticar atos típicos do capitalismo como comércio e a prática de empréstimo financeiro visando lucro.

SIMONIA




A igreja se preocupava mais com as questões políticas e econômicas do
que com as questões religiosas. A venda de cargos eclesiásticos, relíquias
e indulgências eram recorrentes. As indulgências provocaram críticas por
parte de Martinho Lutero, monge agostiniano, que não aceitava a idéia de
que cada cristão pecador poderia comprar o seu perdão no céu. (CURSO DE HISTÓRIA – UNIMES)